9 de jul. de 2009

É pau, é pedra, é o fim do caminho...- Quando a esperança esmorece


Há momentos em que parece não haver uma saída no fim do túnel.

Não há nem ao menos o alívio de atingir o fundo do poço, porque o poço parece ser infinito.

Nos sentimos alienígenas, caminhando por uma terra estranha. E por mais que nos esforcemos, não conseguimos compreender os costumes locais.

Como recuperar as forças? Como encontrar coragem para continuar a caminhada? E, mais importante ainda, por que continuar?

Porque, mesmo que não seja evidente no momento, vale a pena. Porque estamos plantando sementes há muito tempo, e elas demoram a germinar. E seria uma pena perder a floração.

Porque, por mais tênue que seja a luz de uma vela, ela ainda é mais forte e mais bonita que a escuridão.

Porque mesmo nos momentos de maior solidão, nunca estamos realmente sós. Há seres que velam por nós, mesmo que não possamos percebê-los.

Porque temos companheiros de jornada que contam conosco para prosseguir.

Porque por mais difíceis que as circunstâncias se revelem, tudo é temporário, e o alívio pode se encontrar muito mais próximo do que imaginamos.

Porque somos muito mais fortes e belos do que podemos perceber.

Porque já caminhamos há muito, muito tempo... E estamos quase chegando em casa.

Que se abram os seus caminhos... E que a Luz guie seus passos.

Título: referência à canção Águas de março, de Tom Jobim.
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3 comentários:

Rachel disse...

Bonito texto, faz sentido!
O poço existe e é um poço sem fundo. Resolvido o mistério do mundo. Agora, voltemos a superfície,sim?

Mara disse...

Rachel, boa idéia... ;)

Mara disse...

Laura, obrigada! Rachel costuma ter boa pontaria...