16 de set. de 2010

Meu herói já chorou, já morreu de medo... - Júpiter e Urano em Peixes


O tempo está cada vez mais acelerado. Temos a sensação de que os dias passam voando, de que mal levantamos e já estamos indo deitar novamente, e de que mesmo assim, mil coisas acontecem neste período.

Urano em Peixes é como um despertador nos dizendo que é hora de acordar para a nossa realidade espiritual. Júpiter tende a aumentar tudo aquilo que toca. Júpiter em conjunção com Urano em Peixes é um ENORME despertador, com uma campainha MUITO alta... Mais tarde, ninguém terá a desculpa de que dormiu mais do que deveria porque ninguém lhe avisou que era hora de despertar.

O quão desperto você está? Até que ponto você está consciente de quem é, de quais são seus objetivos, seus limites, suas normas de conduta? É muito fácil falar de luz, de evolução espiritual, da necessidade de saber perdoar, de se desapegar das coisas materiais, de confiar na proteção espiritual, etc, etc, etc. Mas e a prática no dia a dia, como vai?

Quando a vida puxa o tapete debaixo de seus pés, como você reage? Quando alguém lhe dá um tapa, você oferece a outra face? Quando alguém muito querido morre, você consegue não questionar a justiça divina? Quando alguém lhe pede seu casaco, você consegue dar também a camisa?

Estamos sendo testados diariamente, numa grande maratona escolar em que as provas se sucedem num piscar de olhos ou até ocorrem simultaneamente. Desperdiçamos muitos séculos com a desculpa do "amanhã eu estudo". Agora, é usar o que aprendemos ou reprovar, porque neste tipo de prova não há como trapacear.

Claro que há todo tipo de aluno, desde aqueles que vão se graduar com notas máximas, até aqueles que vão passar "raspando". Desde aqueles que vão reprovar fragorosamente, até aqueles que vão reprovar "por um décimo".

Então, se a vida tem parecido difícil para você ultimamente, meu conselho é: não desista. Continue tentando, talvez amanhã você tenha um desempenho melhor do que o de hoje, e assim sucessivamente. Não fixe metas inatingíveis, que acabam gerando o desânimo e a sensação de fracasso. Um professor competente não espera de um aluno mais do que ele tem capacidade para assimilar.

Tente dar o melhor de você a cada dia, porque na verdade é só isso que nos é cobrado. Se o medo, a auto-piedade, a raiva ou qualquer outra emoção "negativa" surgir, não faça de conta que você está acima disso. Permita que a emoção aflore, permita-se entrar em contato com este lado seu ainda imaturo. Não deixe que ele domine a cena, e saia por aí ferindo os outros e a você mesmo. Mas ouça o que ele tem a dizer, porque ele vai lhe mostrar exatamente o que você ainda precisa aprender, o que ainda tem que ser trabalhado.

Nós não temos que nos tornar anjos de um dia para o outro. Nós temos que tomar, agora, a decisão de nos tornar anjos. E então, colocar um pé diante do outro e começar a caminhar. Ainda vamos chorar e cair muitas vezes. Mas se nós levantarmos os olhos do chão, sempre haverá uma mão amorosa para nos ajudar a levantar.

Título: referência à canção Meu herói, de Marcos Valle.
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1 de set. de 2010

O pó da estrada brilha nos meus olhos... - Plutão em Capricórnio


Às vezes o cansaço bate forte. Coração e pés pesados, a mera idéia de dar mais um passo nos desanima. Pensamos ter chegado ao fim de nossas forças, e a tentação de simplesmente se deixar ficar é grande.

A enormidade do mundo, o número impressionante de pessoas que o habita, parece desmentir a possibilidade de que cada uma delas tenha uma alma, uma individualidade, uma importância no esquema geral das coisas.

E, no entanto, mesmo que completamente inconsciente, dentro de cada um de nós palpita o anseio por mais luz, felicidade, harmonia, realização. Podemos ensurdecer na loucura do mundo que criamos, mas o chamado de volta para casa nunca deixa de ecoar em nossos corações.

Estamos vivendo momentos difíceis, resultado das escolhas erradas que fizemos ao longo do tempo. As lágrimas que derramamos aos poucos estão lavando nossas mentes, levando consigo nossas limitações, nossos preconceitos, nossa teimosia, nossa ignorância. É um processo doloroso, tanto para quem o vivencia, ao vivo e a cores, no cotidiano, quanto para quem o observa, na pseudo-segurança de sua casa, do outro lado do mundo. Pois o observador já não tem certeza de que não será o próximo a vivenciá-lo.

Este mundo, tão grande, tão cheio de desconhecidos, fica pequeno quando nos damos conta de que o outro é exatamente como nós: um ser humano, procurando ser feliz. O que nos torna diferentes é a maneira como cada um de nós define e busca esta felicidade.

Dia a dia, nossas crenças são postas a teste. Até que ponto o que eu acredito sobrevive aos escombros em que tropeço? Até que ponto consigo colocar em prática aquilo que acho ser o certo? Até que ponto vai a cisão entre minha mente e meu coração? Até que ponto estou disposto a ir?

Nossos barômetros internos estão sendo recalibrados. Surpresos, às vezes nos damos conta de que enfrentamos e superamos nossos piores medos. Outras, descobrimos que vacilamos numa questão em que achávamos que éramos mestres.

Não sei por onde minha estrada me leva. Quando o peso do pó em minha pele se torna tão grande que fica difícil respirar, procuro parar e me lavar. Lágrimas, perdão, oração, pedido de socorro, não importa. O que quer que faça com que eu me sinta limpa e renovada para continuar. Porque eu sei AONDE minha estrada me leva: de volta para casa. E eu não vejo a hora de chegar.

Título: referência à canção O pó da estrada, de Sá, Rodrix e Guarabyra.
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