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19 de out. de 2010

Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar... - Plutão em Capricórnio


À medida que Plutão avança através de Capricórnio, vamos nos dando conta da falência de nossas instituições. Estamos atravessando tempos difíceis, retratados pelos aspectos que os planetas em trânsito estão fazendo entre si. Saturno tem se oposto a Urano, estabelecendo um cabo de guerra entre o passado e o futuro, o tradicional e o novo, a estrutura e a anarquia. E Plutão tem estado em quadratura com os dois, aumentando a tensão e sugerindo o risco de aniquilação.

Muita coisa deve morrer neste processo. Instituições antigas, que já tiveram seu tempo de poder e glória, agora se debatem no pó da derrota. Aos poucos, vamos percebendo a podridão na base das muitas estruturas que sustentam nossa sociedade. A época é de grande insegurança, pois assim como os pássaros pressentem a chuva, a humanidade sente que uma grande mudança está no ar. O problema é que nos habituamos a crescer muito lentamente, levando séculos para assimilar as lições mais básicas. E agora sentimos que o tempo acelera, e o pânico se instala diante da enormidade de nossa tarefa.

Precisamos reconhecer que nossa sociedade atual não está funcionando de forma saudável. Todo o sistema precisa ser revisto e corrigido. Como? Alguns pregam que através da violência, impondo uma nova ordem à força, destruindo toda força contrária. Uma análise fria da história das civilizações basta para provar que este método não é eficiente.

Outros pensam que se nos esforçarmos bastante, podemos remendar ou maquiar a situação atual, para que ela dure mais alguns séculos. Neste caso, convém nos lembrarmos que o processo de deterioração já está muito avançado para ser detido. Na verdade, nossas tentativas de remendo é que nos levaram a este estágio.

E ainda há o grupo dos que se consideram impotentes, e na sua passividade aguardam o príncipe que chegará num cavalo branco para lutar por eles e redimi-los. Este príncipe pode assumir vários nomes, seja o Messias que finalmente virá (ou retornará), seja o comandante de uma frota estelar que resgatará os escolhidos. Respeito todas as crenças, e não pretendo ofender nenhuma, mas não creio que a passividade diante da crise seja a resposta.

A sociedade nada mais é que um conjunto de indivíduos. Portanto, se o todo está doente, a cura tem que começar pelas células. Cada pessoa, de uma forma ou de outra, por ação ou omissão, é responsável pela situação atual. Nosso comodismo, nossa cegueira, nosso egoísmo, nossa impiedade, geraram este estado de coisas. Portanto, cabe a cada um de nós limpar sua própria bagunça. Esta é a única forma de curar o todo: curando cada um de nós.

A pressão tem sido tamanha, que muitos se deixam levar pelo pânico. Alguns não suportam a ansiedade, e saem por aí praticando atos de violência. Outros se sentem presa da apatia, como se a vida tivesse perdido todo o sentido, e pensam seriamente em desistir de viver. Muito se anestesiam, e vivem como que através de um piloto automático, realizando mecanicamente as tarefas do cotidiano.

Se você tem sentido a pressão aumentar nos últimos meses, há algumas coisas que você precisa ter em mente:

Em primeiro lugar, você não está sozinho. Toda a humanidade está passando pela mesma situação, e há muitas pessoas se esforçando para dar o melhor de si, sob circunstâncias muito difíceis. Cabe a cada um de nós optar por servir, apesar das dificuldades. Ser útil, apesar da sensação de fracasso. Continuar lutando, apesar da tentação de entregar os pontos. Por que? Porque não estamos sós. E se você perdeu a esperança de conseguir ser feliz, isso não lhe dá o direito de abandonar o outro à própria sorte. Estenda a mão. Ajude. Mesmo que tudo o que você possa fazer seja dizer: não tenha medo, eu estou aqui com você.

Outro ponto a considerar é a natureza da morte. Há estudos científicos sérios, comprovando a continuidade da vida após a morte do corpo físico. Os motivos para a não divulgação (e a ridicularização) destes estudos são os mesmos que contribuem para a falência da sociedade atual. Se você ainda tem dúvidas a respeito da morte e do morrer, há muita literatura disponível. Já não temos tempo a perder com especulações infantis a respeito de um céu e inferno eternos, onde os escolhidos ficam numa contemplação inútil, enquanto os condenados sofrem uma pena sem fim. A morte é apenas uma passagem de um plano de existência a outro, e aquele que tira a própria vida física pensando aliviar seu sofrimento e escapar das conseqüências de seus atos tem uma amarga surpresa ao constatar que continua vivo, e que multiplicou seu sofrimento com uma atitude impensada.

É em tempos de crise como o que estamos atravessando agora que provamos do que somos feitos. Esta vida, este corpo físico que habitamos agora, não é um ensaio geral. Não dá pra dizer: "desculpe, galera, agora bateu preguiça, esqueci minha fala, vou ali e já volto". Desta vez não há como adiar nossas responsabilidades, como deixar para resolver na próxima encarnação. Todos nós possuímos livre-arbítrio. Ou mostramos que temos maturidade espiritual para limpar nossa casa e levar uma vida mais digna, ou nos declaramos derrotados antes mesmo de terminar as provas. Mas a escolha e a responsabilidade por ela sempre serão nossas.

Que os mais sensíveis me perdoem pela dureza do texto, mas quando se trata de Plutão lidamos com assuntos tabus, e não há como dourar um tema espinhoso. Se você está tendo dificuldade para lidar com a pressão do dia-a-dia, há vários posts no blog sugerindo maneiras de recuperar sua esperança e coragem. E há vários outros blogs e sites que oferecem perspectivas elevadas e saudáveis. Procure ajuda. Converse com seu padre, pastor, lama ou pai de santo. Consulte um psicólogo, psiquiatra, assistente social ou terapeuta holístico.

Há muitas opções para quem se dispõe a procurar ajuda. Mas todas elas implicam num mínimo de esforço de sua parte. E as ameaças do tipo "se você não fizer (ou me der) isso, eu vou me matar" não contam como esforço. A chantagem é um terreno traiçoeiro. Ela até pode compensar, por algum tempo, para repentinamente te deixar na mão quando você mais precisa. Cada um de nós está enfrentando seu inferno pessoal, e aquele que você chantagia pode simplesmente não estar com forças, tempo ou paciência para atender suas exigências.

Você pode brincar do que quiser, neste planeta. Mas na hora da chamada, a responsabilidade por guardar seus brinquedos e arrumar sua bagunça é só sua.

Título: referência à canção Travessia, de Milton Nascimento e Fernando Brandt.
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10 de fev. de 2010

É preciso, mais que nunca, prosseguir... - Saturno em Libra quadratura Plutão em Capricórnio


Plutão continua com seu lento trabalho de demolição das estruturas da sociedade (Capricórnio) tal como a conhecemos. Saturno em Libra traz uma profunda sensação de isolamento, bem como aponta para a necessidade de sermos mais responsáveis em nossos relacionamentos.

Ao redor do mundo, vemos os desastres naturais ceifando vidas, desfalcando famílias, destruindo recursos e bens materiais. A crise econômica avança, a violência se alastra. A ansiedade parece ter feito morada em nosso peito. Nossa sociedade está seriamente doente, e embora muitos ainda relutem em admitir o diagnóstico, o prognóstico não parece nada bom. O que fazer?

Não importa os obstáculos que a vida lhe apresente. O que importa, o que realmente conta, é a maneira como você vai reagir a eles.

É nos momentos de grande tensão, risco, instabilidade, que você mostra quem você é. Nestas horas, é impossível manter a máscara, e o ser humano se revela, em toda a sua fragilidade e força. Nestas horas, é impossível fingir um caráter que não se possui.

Pare um pouco e respire. Procure se conectar consigo mesmo, sinta a essência de seu ser. Dentro de você há um foco de luz, imortal e inabalável, não importa o que aconteça. O darma da luz é brilhar, iluminar. Permita que esta luz se expanda dentro de você, aquecendo e iluminando as áreas mais sombrias (inconscientes).

Torne-se consciente da força, do amor e da compaixão que existem dentro de seu coração. E permita que elas venham à tona e se manifestem no seu dia-a-dia.

Seja gentil com quem você cruza nas ruas, mas principalmente com quem partilha de seu teto. Demonstre seu afeto, sua gratidão e seu orgulho por aqueles que você ama. Por mais que possamos nos arrepender do que fizemos, não existe remorso maior do que aquele pelas coisas que deixamos de fazer ou dizer.

Procure colocar seus valores em prática no cotidiano, e não mantê-los apenas na teoria. Faça aquilo que você julga correto.

Por mais sobrecarregado que você esteja, procure checar como estão seus amigos. Talvez alguém esteja numa situação mais precária que a sua, e você se descubra forte o bastante para ajudar. Ou talvez o simples fato de você partilhar as suas dificuldades estimule o outro a encontrar esta força dentro dele mesmo.

Abra suas mãos, para dar ou receber, realmente não importa. Apenas não as deixe fechadas em egoísmo e desespero.

Sim, os tempos estão difíceis, mas é nos momentos de crise que surge a oportunidade de construir algo novo.

Há muito tempo atrás, todos nós, de uma forma ou de outra, marcamos um encontro neste determinado ponto do tempo e do espaço.

Estamos aqui para aprender e realizar alguma coisa.

Você não vai deixar passar esta oportunidade, vai?

Título: referência à canção Diga lá, coração, de Luiz Gonzaga Jr.
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Partilhe suas experiências: O que você tem para contar pode ser exatamente o que alguém precisa ouvir neste momento... Como tem sido o ano de 2010 para você até agora? Você consegue relacionar suas experiências com os trânsitos no seu mapa?
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9 de nov. de 2009

No deserto do universo sem amor... - Saturno em Libra quadratura Plutão em Capricórnio


Saturno em trânsito, durante todo o período em que estiver em Libra, estará fazendo uma quadratura com Plutão em trânsito em Capricórnio. A quadratura sinaliza um conflito entre diferentes abordagens, ou seja, Libra e Capricórnio são signos cardinais (que vão em frente, sem se importar com os obstáculos), mas abordam os problemas partindo de perspectivas diferentes.

É regra comum na astrologia que quando dois planetas interagem, o planeta mais lento (neste caso, Plutão) tem sempre a última palavra. Isso é válido nesta situação, apesar dela ser mais complexa do que o habitual. Veja, Saturno é o regente (como se fosse o proprietário) de Capricórnio. E Plutão, transitando pelo signo, seria o inquilino. Então, pelo menos a princípio, Saturno dá as cartas... Mas sabemos que, no final, Plutão falará mais alto.

O que isso significa no dia a dia?

Já discutimos como a maioria da humanidade reage de maneira inconsciente aos diferentes trânsitos. Uma olhada rápida nos jornais nos mostra vários países em guerra, outros fazendo preparativos e/ou ameaças de guerra, o aumento da violência nas grandes cidades (e, pensando bem, nas pequenas também), do número de pessoas com problemas mentais, do número de pessoas drogaditas, das denúncias de corrupção, etc.

Libra é o signo relacionado à diplomacia, ao tato, à justiça, à igualdade de direitos. Saturno, quando agindo de forma inconsciente, restringe e limita tudo o que toca.

Capricórnio é o signo relacionado à hierarquia, à estrutura, à ordem, ao senso de dever. Plutão inconsciente traz à tona o instinto animal, a lei do mais forte.

Portanto, a menos que um número maior de pessoas desperte para seu chamado, veremos uma escalada nestes problemas. Como lidar com estas questões de forma mais consciente? Comece com Saturno, aprendendo a agir com dignidade, seriedade e integridade nos seus relacionamentos pessoais. E, na medida do possível, dê sua contribuição para a elaboração de uma sociedade melhor estruturada (Plutão).

É muito fácil cairmos na armadilha de nos sentirmos impotentes diante da enormidade do que precisa ser feito. Mas lembre-se da regência de Saturno. Novamente, o que isso significa no dia a dia?

Que o que você fizer nos seus relacionamentos pessoais, nas suas parcerias (principalmente com seu esposo/a, sócio/a, terapeuta), a longo prazo terá um profundo impacto na sociedade como um todo. Mudando a maneira como nos relacionamos com as pessoas próximas a nós, podemos alterar a forma como a sociedade se comporta!

Estamos tendo a oportunidade de consertar um imenso edifício, um tijolinho de cada vez. Tarefa hercúlea, sem dúvida. Mas você já parou para observar do que algumas meras formigas são capazes? Carregamos em nós a mesma capacidade de ordem e diligência. A escolha é nossa. Podemos construir um novo formigueiro, ou ser tragados pela onda de destruição inconsciente. E então, sofrendo e chorando, ter, querendo ou não, que construir um novo formigueiro.

Não sei quanto a você, mas eu prefiro tomar a iniciativa.

Título: referência à canção Universo no teu corpo, de Taiguara.
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