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20 de nov. de 2010

Confissões sob o trânsito de Saturno no Fundo do Céu


Não tão de repente assim, você começa a questionar o que tem sido sua vida até então.

As lembranças afloram, ininterruptas, você querendo ou não. Uma frase, pronunciada por um amigo, é o suficiente para que você se identifique e embarque em mais recordações. Eventos atuais forçam que você viaje ao passado. E, sempre que você acha que já chegou ao limite de sua resistência, algum outro acontecimento ou pessoa reinicia todo o processo. Lentamente, as suas fundações vão sendo revisitadas e inspecionadas.

A dor de remexer em tantos assuntos esquecidos pela poeira é inimaginável... O corpo emocional não tem noção de tempo: cada vez que você lembra, a dor é revivida, como se fosse a primeira vez. Claro que o passado não é apenas de tristezas, mas mesmo as alegrias agora trazem lágrimas aos olhos, porque remetem a um tempo que não volta mais, a uma inocência que já não existe. Muitas vezes, os companheiros de riso e de dor já não caminham neste Terra, mas brincam com os anjos. E nestes casos, a saudade tempera as lágrimas.

Como se avalia a estrutura de uma casa? O que se leva em conta nestas horas? Se você considerar apenas o que a regra dita, o que o manual especifica, corre o risco de não perceber algumas sutilezas que podem fazer toda a diferença. Talvez você deixe passar aquela tábua onde seu amigo gravou suas iniciais. Ou o papel enrolado com um desenho que seu filho colocou num dos furinhos do tijolo. Ou aquela mancha no canto da argamassa onde alguém quebrou a taça de vinho.

As lágrimas derramadas na construção contam? E o canto, a dança, o riso? O partilhar do pão na hora da marmita? As brigas quando o cansaço falava mais forte? A sensação de impotência quando não se achava solução para um problema... e a confiança que tomava conta quando a perspectiva mudava e se via a resposta?

Minha casa não é grande, nem luxuosa, nem imponente. Tem sido construída com muito, muito esforço. Eu sei que ela surpreende as pessoas da minha vizinhança, que gostariam que ela fosse igualzinha a todas as outras (e sobre isso, talvez eu fale outro dia). Ela tem muito cantos começados, que não foram levados adiante. Alguns, só ficaram no desenho da planta, como a sala do piano, que deveria ser logo ali... Outros, inesperadamente, tomam novam impulso após anos de abandono, e eis que surge um novo cômodo...

Tem dias (ou meses) em que estou mais sensível, e parece que o peso de todas as críticas desaba em meus ombros. Nestas horas, se olho para minha casa com os olhos comuns, um desânimo tão grande me invade que penso que deveria ser despejada neste mesmo instante. O que eu estava pensando quando iniciei este projeto? Como eu pude achar que tinha competência para tanto? Como eu pude deixar passar tantos erros tão primários? Quem sou eu para ocupar este espaço?

Nestas horas, me encolho num canto, e fico muito quieta. Procuro combater sozinha todos os monstros que saem da minha imaginação. E este combate não significa expulsá-los, mas convidá-los a sentar e a expor seu ponto de vista. Ouço com calma, e muitas vezes, dou razão a eles. E, aos poucos, muito lentamente, vou desnudando a alma.

Quando acho que não há mais nada a expôr (pelo menos, desta vez...) procuro aceitar aquela criatura alquebrada e os cacos de seus sonhos. E, normalmente, é neste momento em que peço ajuda e luz. Do fundo do coração, peço socorro, e colo, e amor, e perdão... Explico o quanto tem sido difícil, e o quanto me dói não ter um resultado melhor para apresentar. O quanto lamento os erros do passado, que deixaram imperfeições que não posso apagar. O quanto tenho medo de continuar errando, sempre incapaz de uma base sólida o suficiente.

Esta foi uma noite assim... Então, hoje pela manhã, enquanto minha imaginação se divertia mais uma vez, me espancando, eu consegui olhar a minha casa com os MEUS olhos. E parei de tentar conformá-la a todas as regras e instruções. Claro que há regras básicas que não podem ser desrespeitadas. Mas eu falo aqui daquelas normas bobas, tacanhas, aquela coisa de "porque sempre foi feito assim". De repente, sempre foi feito assim porque nunca ninguém se atreveu a tentar diferente.

Quando não se possui a matéria prima necessária, há que se improvisar. De tanto experimentar, acaba-se descobrindo novos materiais, mais duradouros, mais sólidos, mais eficientes. Minha casa talvez não seja o que se esperava dela. Ela pode não satisfazer as expectativas de quem olha de fora, julgando pela fachada aquilo que não compreende. Mas eu, que vivo aqui, sei que construí algo que vai durar eternamente. Nada neste mundo tem tanta importância.
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15 de set. de 2009

Daria tudo por meu mundo e nada mais... - casa 12


Por mais que lutemos, há épocas em que a luta parece perdida. Nos falta fôlego, e um cansaço enorme se instala. O menor esforço torna-se uma agonia, e tudo o que queremos é ficar bem quietinhos, esperando passar a tontura de rodar neste carrossel que chamamos de vida.

Nestas horas, amigos bem intencionados podem sugerir que devemos nos animar, partindo do pressuposto que o que sentimos é apenas um cansaço passageiro. Mas o sentimento a que me refiro aqui é muito mais profundo, é como que uma tristeza da alma, uma melancolia que parece vir das raízes do nosso ser.

Como sempre, a solução aqui é ouvir o que seu coração está pedindo e procurar, na medida do possível, atendê-lo. Conceder-se uma pausa para reflexão. Dar-se ao direito de ficar só. Por um tempo, descer de nosso cavalo branco e não procurar salvar o mundo. Passar algum tempo em silêncio e quietude, sem agir, simplesmente sendo.

Nossa alma às vezes precisa de alimento. E este alimento só pode ser encontrado no nosso refúgio particular. Como cada ser humano é único, este refúgio varia de pessoa para pessoa. Mas todos temos um ritual, uma rotina que nos consola e nos fortalece, aliviando nossas dores e nos tornando capazes de retomar a labuta.

Nosso santuário, o local aonde vamos para nos refazer, é nossa casa 12. Ali ficamos frente a frente com nossa bagagem cármica, e nela está incluída toda a sabedoria que acumulamos em vidas anteriores. Ali nos tornamos pequenos e frágeis novamente, e podemos permitir que um Poder Maior que o nosso nos acolha e nos console. Ali ficamos em silêncio, até finalmente sermos capazes de ouvir o que nossa alma está dizendo.

E ali, aos poucos, vamos sendo capazes de olhar o mundo de um ponto de vista mais elevado. Vemos a pequenez de nossos problemas, lutas e pontos de vista. Percebemos como tudo é relativo e transitório. Compreendemos que isto também, vai passar. E, finalmente, conseguimos abrir mão. Soltar todas as dores, angústias, desejos, ansiedades. E transcender.

Cara lavada, alma limpa, estamos prontos para cavalgar novamente.

Título: referência à canção Meu mundo e nada mais, de Guilherme Arantes.
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17 de ago. de 2009

No Corcovado, quem abre os braços sou eu... - o Meio do Céu


Cada ser humano tem uma contribuição a oferecer à coletividade.

Assim como não existem dois flocos de neve iguais, não há duas pessoas com a mesma constituição. Cada um de nós é uma célula única, com dons muito específicos a serem desenvolvidos e partilhados. A humanidade é uma imensa colméia, onde cada abelha tem seu papel a cumprir. Ninguém é dispensável ou inútil. Ninguém nasce por engano. Ninguém parte antes da hora.

Por mais que nossos caminhos muitas vezes se cruzem com outros, temos uma trajetória própria, um objetivo que só cabe a nós atingir. Alguns têm uma meta mais modesta, outros estão destinados a influenciar profundamente a sociedade em que estão inseridos. Mas independentemente do tamanho de nossas tarefas, todos sentimos o impulso interior em direção à realização pessoal.

O planeta Terra possui uma imensa variedade de vida mineral, vegetal e animal, cada uma com sua função. Os seres humanos também variam grandemente em seu grau de consciência, inteligência e capacidade de ação. Os que ainda se movem inconscientemente pela vida dão sua contribuição também de forma inconsciente, muitas vezes deixando de atingir sua plena capacidade. Aqueles que já estão despertos procuram contribuir de forma eficiente e ativa, evitando desperdiçar suas oportunidades.

E assim vamos avançando, lentamente, em direção a uma maior evolução planetária. Muitas vezes nos impacientamos com nossos companheiros mais lentos, esquecendo que nós também um dia fomos lerdos no aprender. Nossa arrogância às vezes nos impede de perceber que cabe a nós abrir o caminho para que os mais fracos possam avançar com mais facilidade.

Com uma caravana tão longa, os tropeços e retrocessos são inevitáveis. Nestas horas, são necessárias a força e a coragem para levantar novamente e recomeçar. Quem cai necessita de incentivo e de uma mão amiga. Seja esta mão, pois mais adiante na caminhada talvez seja você quem precise de ajuda.

Ninguém é uma ilha. Estamos juntos nesta jornada, e o sucesso de cada um é a conquista de todos nós. Cada ser que descobre sua luz interior diminui a escuridão em que todos nos encontramos. Cada foquinho conta. Juntos, iluminaremos o mundo.

O que você vai ser quando crescer?
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A casa 10 no mapa natal está relacionada com nossa posição dentro da sociedade, aquilo que queremos alcançar. Por extensão, trata de nossa profissão e status social.

Título: referência à canção Paralelas, de Belchior.
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15 de ago. de 2009

Espelho, espelho meu... - casa 7


Eu comporto multidões.

Tenho milhares de facetas, muitas delas incongruentes entre si.

Posso ir de um extremo a outro em menos de um segundo, e mesmo assim continuar sendo eu mesma.

Sou luz e escuridão, bela e fera, compassiva e cruel, humilde e arrogante, generosa e egoísta.

Sou um paradoxo ambulante aguardando para ser decifrado.

Vivo num mundo que exige rótulos, portanto me esforço para me compartimentar.

Seleciono algumas peles, e outras guardo no baú.

Mas é doloroso só expor partes de mim mesma.

O baú começa a pesar na memória, e os meus pedaços descartados teimam em vir à tona.

A pressão se torna tão intensa que quase não consigo mais respirar.

E então... mágico alívio!

Basta que eu lance sobre você tudo aquilo que não posso viver em mim.
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A casa 7 (ou Descendente) no mapa natal mostra como vemos o outro, o que projetamos no outro, e, por extensão, o que esperamos de um parceiro.

Título: referência ao conto Branca de Neve, dos Irmãos Grimm.
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7 de ago. de 2009

E nunca mais eu tive medo da porteira... - casa 8


Quando pequena, ela foi ensinada a partilhar. Dividir a água, o pão, os pertences e os ensinamentos com quem estivesse ao seu lado. E, aos poucos, aprendeu a alegria que vem de um coração aberto para acolher o outro.

Quando jovem, foi ensinada a gozar. Envolver o outro num abraço íntimo, permitindo que todas as máscaras se dissolvessem. E, aos poucos, aprendeu a intensidade que vem de um corpo aberto para acolher o outro.

Quando madura, foi ensinada a abrir mão. Permitir que o outro se vá quando é chegada a sua hora. E, aos poucos, aprendeu que a tristeza da perda é proporcional à felicidade da parceria.

E quando o sofrimento parecia ter feito guarida permanente em seu coração, foi ensinada a enxergar além do véu. E, aos poucos, a imensa beleza da vida que se perpetua através do amor preencheu todo seu ser, aplacando a sede de sua alma.

Renovada, ela aprendeu a abraçar a vida de peito aberto, não mais limitada por medos ou preconceitos, livre finalmente para expressar seu ser em toda plenitude.

E mais um anjo ganhou suas asas na Terra.
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No mapa natal, a casa 8 está relacionada aos valores partilhados com os outros, ao sexo, à morte e ao renascimento.

Título: referência à canção Avôhai, de Zé Ramalho. 
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5 de ago. de 2009

E se falasses magia, sonho e fantasia... - casa 3


Que a luz guie teus passos.

Que tua mente saiba discernir o real do ilusório, o eterno do temporário, o valioso do vulgar.

Que tua mão seja efetiva ao socorrer, forte ao amparar, suave ao confortar.

Que teu coração tenha a serenidade e a alegria de quem já encontrou seu caminho.

Que teus olhos percebam a verdadeira beleza.

Que tua voz só se levante para abençoar.

Que você seja um instrumento da paz.

.....

As palavras têm força criativa, principalmente quando pronunciadas com intenção. Há milênios, usamos palavras na invocação religiosa, através de orações, mantras, pontos cantados, etc.

Entretanto, a humanidade ainda não se deu conta de que a palavra falada tem um grande impacto em nossa realidade. Descuidadamente, seguimos pela vida falando "da boca para fora", sem avaliar as conseqüências do que dizemos. E, dia a dia, criamos exatamente o que gostaríamos de evitar.

Vivemos numa época em que as comunicações se fazem cada vez mais rápidas. Podemos nos comunicar instantaneamente com pessoas do outro lado do mundo. Mas até que ponto estamos sabendo como desfrutar desta oportunidade?

Devido à extrema dualidade que vivenciamos, as mesmas invenções que beneficiam milhares de pessoas também são utilizadas para disseminar o ódio, o preconceito e o crime.

A palavra, falada ou escrita, pode construir ou minar, elevar ou degradar, curar ou adoecer. Cabe a cada um escolher como utilizar este recurso, bem como colher os frutos daquilo que semeou.

Que tipo de semente você está plantando?
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No mapa natal, a casa 3 está relacionada com a forma como pensamos e nos comunicamos, e por extensão, com nosso meio ambiente imediato.

Título: referência à canção Bandoleiro, de Lucina e Luli.
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2 de ago. de 2009

E não ter cantos escuros pra guardar os meus segredos... - casa 12


Ao longo de nossa caminhada pela vida, vamos acumulando bagagens.

Uma lembrancinha aqui, outra ali, um presente pra fulano, uma muda de roupa pra enfrentar aquele clima diferente, roupa de banho, equipamento de mergulho, máquina fotográfica...

Quando nos damos conta, estamos carregando tanta tralha que apenas o pensamento de dar mais um passo nos deixa cansados. Talvez tenhamos a brilhante idéia de alugar um depósito para guardar nossos pertences, para que possamos novamente caminhar desimpedidos.

Entretanto, se não mudarmos nosso padrão de comportamento, em pouco tempo teremos juntado um volume igual ou superior ao que carregávamos antes, e então, repetiremos todo o ciclo. E, aos poucos, vamos acrescentando às nossas despesas o ônus dos aluguéis dos depósitos.

Em algum momento, teremos que parar para reavaliar nossa situação. Até que ponto o que acumulamos é realmente necessário? O que é útil não deveria ser levado conosco? O que fazer com aquilo que não nos serve mais?

Limpar armários empoeirados pode não ser uma tarefa agradável. Há coisas que preferíamos não ter que recordar. Há situações que nos ferem ou embaraçam até hoje. Mesmo as boas lembranças podem ferir, se hoje nossa realidade já não é tão prazerosa.

Mas qual é a alternativa? Parar de caminhar? Continuar caminhando com todo este peso no bolso, nas costas ou na consciência? Fazer com que outros carreguem o peso por nós?

Quando chegamos a este ponto da jornada, a única alternativa viável é realmente uma faxina geral. Por mais desagradável que seja este processo em si, o resultado sempre vale a pena.

Poder andar novamente com passos leves, cabeça erguida e sem preocupações? Há quanto tempo você não sabe o que é isso?

É tempo de limpeza.
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No mapa natal, a casa 12 está relacionada com o inconsciente e, por extensão, com nosso carma.

Título: referência à canção Mudanças, de Vanusa e Sérgio Sá.
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27 de jul. de 2009

E minha barriga livre, pra gerar seu filho... - casa 5


Todo ser humano possui dentro de si o impulso para criar.

Alguns manifestam este impulso de maneira artística, criando canções, pinturas, esculturas, etc. Outros, criam novas tecnologias, metodologias, estratégias. Alguns criam filhos. Outros, criam pequenas coisas no cotidiano, como uma nova receita de bolo.

Algumas criações se tornam famosas, atraindo a atenção mundial. Outras, passam despercebidas no tumulto da vida moderna.

A criatividade pode ser utilizada para alterar profundamente o rumo da humanidade, ou simplesmente para alegrar o seu dia. Independente do alcance de suas criações, o que realmente importa é o ato de criar, em si. Se você parar para observar, perceberá que nenhuma recompensa ou reconhecimento que venha a receber devido ao que criou se iguala à satisfação sentida ao expressar este impulso.

Quando este caminho é bloqueado, caímos em depressão e nos sentimos sem valor. Quando reconhecemos e honramos nossa criatividade, aprendemos a respeitar a nós mesmos.

Na sociedade materialista em que vivemos, a criatividade tende a ser medida e valorizada na razão direta em que gera lucro, fama ou poder. Assim, a maioria das pessoas, se perguntada, dirá que não é criativa.

Estamos nos habituando a projetar nosso potencial criativo nos famosos do momento. A arte, como um todo, vive um momento de mesmice, em que se reciclam velhos conceitos. A tecnologia depende da aprovação de grandes grupos para poder ser implantada. A criação de filhos é desprezada como uma atividade "primária" e típica de países de terceiro mundo (seja lá o que for que isso signifique). E o ser humano sente-se cada vez mais impotente.

Nossa potência reside na nossa capacidade de criar. Temos que reconhecer esta capacidade dentro de nós mesmos.

Somos produto da Criação. Cada um de nós é uma pequena obra de arte, destinada a criar beleza e harmonia. É hora de reivindicarmos nossa herança.
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A casa 5 trata da criatividade em todas as suas manifestações, e por extensão, o que nos dá prazer, seja um romance ou um hobby.

Título: referência à canção Mãos de afeto, de Ivan Lins e Vitor Martins.
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13 de jul. de 2009

Minha casa é uma estrada... - o Fundo do Céu


Toda estrutura precisa ter uma fundação onde se apoiar. Quanto mais alto o edifício, mais profundo deve ser seu embasamento.

Na vida agitada e repleta de valores superficiais que levamos, tendemos a nos esquecer destas verdades. Na sociedade multifacetada de hoje, o apego às raízes é considerado impróprio e obsoleto. O objetivo é estar sempre em movimento, descartando os valores e costumes de ontem em prol das novidades da hora. A meta é estar sempre na crista da onda, e não no subsolo, reforçando as colunas de sustentação.

Se você está há mais de dez anos no mesmo emprego, é considerado acomodado, e não um profissional experiente e que gosta do que faz. Se você ainda não substituiu todos os seus eletrodomésticos pela última novidade no mercado, está vivendo na idade da pedra. Se você ainda se preocupa em compreender um assunto em profundidade, antes de passar para a próxima questão na agenda, está desperdiçando seu tempo. Se seus planos para as férias não incluem conhecer dez países em cinco dias, você não sabe aproveitar a vida.

E assim continuamos nesta correria louca, sempre tão ansiosos para atingir o próximo objetivo, mas sem disponibilidade para desfrutar o que já conquistamos. Nossa recusa em olhar para trás nos faz perder de vista a intenção da caminhada.

Olhar para o passado, para nossas origens, nos permite perceber o quanto realmente avançamos. Somente medindo a distância percorrida podemos ter noção do ponto em que nos encontramos, e dos reajustes necessários para que não nos desviemos da rota traçada.

Nossa bagagem não é um inconveniente que retarda nosso progresso, mas sim a própria riqueza que nos diferencia uns dos outros. As lembranças que você carrega consigo são o que o torna um indivíduo, com uma história única para contar.

Se você quer alcançar as estrelas, seus pés devem estar firmemente plantados no chão.

Título: referência à canção Meu nome é noite vadia, de Altay Veloso.
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No mapa, a casa 4 mostra quais são as suas raízes, qual é a base de sua personalidade. Por extensão, retrata sua vida familiar, seu lar. Como andam as coisas em casa, ultimamente?
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26 de jun. de 2009

Todo dia ela faz tudo sempre igual... - casa 6


Saturno em trânsito pelo signo de Virgem pede que você reavalie a maneira como vive seu dia-a-dia.

É muito fácil cair numa rotina robotizada, onde repetimos os mesmos gestos ad nauseum, vivendo uma paródia de nossa própria história. A grande maioria da humanidade tem vivido assim, repetindo os mesmos erros, num deslizar inconsciente pela vida.

Urano em trânsito pelo signo de Peixes pede que você acorde deste longo sono e se emancipe deste exército de zumbis. É hora de viver plenamente, deixando de ser escravo do relógio e de regras sem sentido. Urano está levantando o véu de ilusões que até aqui impedia uma visão mais clara. Nossas fantasias estão sendo descartadas, uma a uma. É hora de parar de esperar que a salvação venha de fora, e começar a trabalhar na sua própria redenção.

Netuno em trânsito pelo signo de Aquário está borrando os limites rígidos que nos separam do outro. As fronteiras estão se tornando mais sutis: onde você termina e o outro começa? Até onde vai a sua responsabilidade? Quantos são influenciados pelo que você pensa, sente, diz e faz no seu cotidiano?

Plutão em trânsito pelo signo de Capricórnio está agindo na surdina, lentamente. Mas não se engane: ele não vai deixar pedra sobre pedra nas estruturas apodrecidas de nossa sociedade.

Então, o que fazer? Como saímos deste caminho estreito que tanto nos limita?

Antes de mais nada, defina suas prioridades. E então, aja. Um pouquinho cada dia, mudando coisas pequeninas na sua rotina.

Que tal começar dando bom dia às pessoas que encontra pelo caminho? Quando isso virar um hábito, você pode acrescentar um sorriso. Mais tarde, quem sabe, perguntar: como vai? E prestar atenção na resposta!

Que tal começar a orar ou meditar durante dez minutos por dia? Ou deixar de comer carne durante um dia na semana? Ou visitar aquele parente idoso uma vez por mês? Não importa qual seja sua decisão, desde que ela altere sua rotina para melhor.

A construção de uma sociedade mais humana e digna depende de cada um de nós. Só você pode ampliar os seus horizontes. Afinal, você ainda não cansou de viver confinado?
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A casa 6 no mapa retrata o nosso cotidiano, e por extensão, nossas condições de higiene e saúde.

Título: referência à canção Cotidiano, de Chico Buarque.
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24 de jun. de 2009

Deus, por favor, apareça... - casa 9


Há momentos em que nossos caminhos se complicam tanto, que precisamos de uma bússola para reencontrar nosso rumo.

Com a facilidade dos meios de comunicação atuais, temos acesso a uma miríade de informações conflitantes. Novas filosofias e caminhos alternativos surgem todos os dias, e os profetas do final dos tempos encontram um terreno fértil para semear o medo e a separatividade entre as pessoas.

Nunca foi tão importante falar de amor, e nunca esta palavra foi tão pouco compreendida. Amor não é uma coisa que você possa encontrar fora de si mesmo. Mas é uma semente que você pode despertar no outro.

Todos nós temos uma semente de luz em nossos corações, não importa o quão perdidos possamos estar. E é esta semente que devemos proteger e permitir germinar.

À medida que permitimos que o amor dentro de nós cresça e se expanda, nossos corações se tranqüilizam. A tomada de decisões se torna mais simples quando ouvimos nossa voz interior. Esta é nossa bússola. Ela não grita mais alto que as manchetes, ela sussurra no interior de nossas almas.

Deus não está fora de você. Ele não se encontra nos altares, nos livros, nos lugares santos, nos rituais. Ele aguarda, no silêncio de seu coração, que você finalmente se canse de correr atrás de ilusões. Aquiete-se, e simplesmente ouça.

E quando você finalmente conseguir contatar esta luz, perceberá o impulso irreprimível para sua expansão. A luz não pode ser contida. Iluminar é a essência de sua finalidade.

Portanto, deixe-me alertá-lo. Quando você encontrar sua bússola interior, estará embarcando num caminho sem volta. Porque o destino irrevogável de cada bússola é se tornar um farol.
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A casa 9 no mapa descreve sua filosofia de vida, e por extensão, sua religiosidade, seus estudos superiores. Como vai seu relacionamento com Deus?

Título: referência à canção Deus (apareça na televisão), de George Israel, Sérgio Dias e Paula Toller.
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19 de jun. de 2009

Amigo é coisa pra se guardar... - casa 11


Cada um de nós tem um território diferente a percorrer. Alguns contam com um terreno mais fácil e plano, outros têm que atravessar pântanos e desfiladeiros.

E, dentro de cada território, são muitas as opções de caminhos. Há muitas curvas, e nem sempre se enxerga o que está mais à frente na estrada. Há muitos atalhos, que quase nunca são confiáveis. Há encruzilhadas, em que temos que fazer uma escolha. E às vezes, há desvios, e temos que nos conformar e dar uma longa volta para retornar ao caminho original.

Qualquer que seja seu terreno pessoal, é sempre bom contar com companheiros de jornada. É consolador contar com alguém para ouvir nossas desventuras. É gratificante ter para quem contar as conquistas. É uma lição de humildade quando vemos alguém superar uma paisagem muito mais difícil que a nossa. É uma oportunidade para exercitar nossa generosidade quando alguém precisa de nossa orientação.

Mas, principalmente, é bom demais poder sentar ao redor da fogueira e partilhar do pão e do fogo, da música e do riso. O ser humano é um ser social. Nós precisamos compartilhar dores e alegrias. Nós precisamos pertencer a uma tribo. Alguns precisam de uma turma grande, onde possam sentir o apoio de muitos. Outros necessitam de apenas uma ou duas pessoas. Seja como for, ninguém é uma ilha.

Na pressa de percorrer nosso caminho, podemos nos esquecer de nossos companheiros, ocupados demais com nossos próprios passos para cogitar sobre o paradeiro deles. Com certeza, esta não é a atitude mais inteligente. Mais adiante, quando nos defrontarmos com desafios maiores, aquela mão firme, aquele sorriso aberto nos virão à memória. Se tivermos sorte, talvez ainda consigamos localizá-los. Se tivermos muita sorte, talvez eles ainda se lembrem de nós. Mas se formos realmente abençoados, eles nos receberão de braços abertos.

Há quanto tempo você não procura seus amigos?

Título: referência à canção Canção da América, de Milton Nascimento e Fernando Brandt.
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17 de jun. de 2009

A gente não quer só comida... - casa 2


O tempo está passando cada vez mais rápido.

Cada dia temos menos tempo para dar conta de nossas tarefas, e parecemos correr contra o relógio. Nesta vida agitada que levamos, algumas coisas se perdem pelo caminho.

É preciso, mais do que nunca, priorizar. Cada ser humano é único, e percebe a vida a partir de um prisma diferente. Cada um monta sua lista de prioridades de acordo com seus valores, suas necessidades.

Saturno (tempo) em trânsito pelo signo de Virgem (organização) pede que você defina o que tem importância para você. O que é importante é aquilo que tem valor (Vênus) para você. Já discutimos o quanto o arquétipo de Vênus está desfocado em nossa sociedade (ver Vamos todos, numa linda passarela...). E na sua vida pessoal, como Vênus está atuando?

O que você sente que não pode faltar na sua vida? Quais são as suas necessidades básicas? Pelo que vale a pena lutar? Do que você não abriria mão?

Estamos correndo às cegas atrás do pão de cada dia. E no esforço para colocar este pão na mesa, às vezes nos esquecemos das razões para fazê-lo. Há quanto tempo você não olha nos olhos daqueles que partilham deste pão com você? Se você morresse amanhã, do que as pessoas mais sentiriam falta? Do pão? Com certeza não, porque a fome é um impulso poderoso, e elas logo encontrariam outra forma de providenciar o pão. Mas você faria falta.

Então, que tal olhar um pouco para dentro, e descobrir do que você é feito? Quais são suas qualidades? No que você é bom? O que torna você uma pessoa bonita?

No mapa, a casa 2 está relacionada com todas estas questões. E está na hora de você se dar valor.

O que te alimenta?

Título: referência à canção Comida, de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito.
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1 de jun. de 2009

Sou o certo, sou o errado, sou o que divide... - As casas no mapa


O mapa natal descreve a sua personalidade, delineando todas as suas tendências.

Os planetas representam energias em ação. Estas energias são neutras, e a maneira como você opta por expressá-las pode ser positiva ou negativa.

Os signos são os filtros através dos quais você percebe e atua. Por exemplo: Leão atua de maneira dramática, Virgem de modo discreto.

As casas indicam os vários campos de ação onde estas energias podem se manifestar. Por exemplo: no trabalho, na comunicação, na sexualidade.

Para compreender a divisão do mapa em casas, a melhor imagem é a de uma pizza dividida em 12 pedaços. Cada uma destas "fatias" representa uma área de atuação, e tem um sabor diferente, dependendo do signo e dos planetas ali situados. Você pode ter algumas fatias bem simples, só com o molho e queijo, e outras bem complexas, com vários elementos disputando a supremacia no sabor. É óbvio que estas fatias mais "coloridas" são mais chamativas, pela concentração de fatores. Nós tendemos a dar mais atenção às casas mais densamente ocupadas, mas na verdade todas elas têm importância e são parte inseparável do todo.

O início de cada casa é chamado de cúspide. O Ascendente (ver Vou abrir a porta, pra você entrar... - o Ascendente) é a cúspide da primeira casa, agindo como a porta de entrada para o mapa.

Existem vários métodos diferentes para a divisão das casas no mapa, e cada astrólogo opta por aquele com que tem mais afinidade. Isto não significa que os outros métodos estão incorretos, é apenas uma questão de preferência.


Título: referência à canção Mal necessário, de Mauro Kwitko.
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24 de abr. de 2009

Vou abrir a porta, pra você entrar... - o Ascendente


Imagine o zodíaco girando ao redor da Terra, num movimento contínuo. O signo Ascendente é aquele que nascia no horizonte leste no momento do seu nascimento (por isso é tão importante saber a hora exata do nascimento).

O Ascendente é o portal para o seu universo interior. É ele que "abre" o mapa, dando acesso a todas as informações. Assim, ele indica a primeira impressão que você causa nas pessoas.

Isso cria uma variedade enorme de situações, com possibilidades bem interessantes. Por exemplo, você pode ter um portal bem simples e humilde, e no entanto, uma riqueza interior muito grande. Ou, ao contrário, um portal magnífico, que promete maravilhas, e um conteúdo medíocre. Ou uma porta meio assustadora, quando na verdade você é completamente inofensivo. Ou vários cartazes de Perigo! Cão bravo! quando o que você mais quer é fazer amigos. Ou ainda você pode ser uma das poucas pessoas cujo portal é completamente fiel ao conteúdo...

Ele também age como um filtro através do qual você interpreta o mundo (imagine uma daquelas portas de tela: sua visão através dela depende da qualidade da tela, de sua cor, do espaçamento entre as fibras, etc).

O Ascendente também está relacionado com seu corpo físico e vitalidade (mas não é o único fator no mapa indicando isso).

Planetas no Ascendente, ou em aspecto com ele, podem influir em todas estas questões, assim como um vaso de flores ou uma aldrava elaborada alteram o aspecto de uma porta.

Muitas pessoas sentem dificuldade em se identificar com seu signo Ascendente (ou, até mesmo, aceitá-lo). A integração desta parte de sua personalidade é de extrema importância para sua realização pessoal, visto que toda troca de energias com o mundo exterior é feita através desta passagem.

Compreender como se manifestam os diferentes signos Ascendentes pode contribuir para ampliar sua empatia e compaixão.


Título: referência à canção Doce vampiro, de Rita Lee.
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Partilhe sua experiência: Seu Ascendente está em harmonia com seu signo solar? Você se sente à vontade com sua expressão, ou ainda tem dificuldade para aceitá-lo?

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