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3 de jul. de 2009

Quem é você, diga logo... - Plutão em Capricórnio


Temos discutido como o trânsito de Plutão por Capricórnio tem feito oposição ao Plutão natal da geração nascida com Plutão em Câncer.

Já vimos como Plutão traz à tona o lado sombrio das questões relativas ao signo que transita, para que ele seja encarado e transmutado.

Então, ainda no assunto da velhice (um dos temas regidos por Capricórnio), que atualmente é representada pela geração nascida com Plutão em Câncer: e quanto aos velhos que distorceram e abusaram da noção de família, lar, pátria?

Plutão deve revelar várias situações que até aqui estavam encobertas (já temos visto alguns exemplos nos noticiários), expondo a corrupção à luz do dia. Nesta nossa sociedade cada vez mais cínica, podemos pensar que já vimos de tudo, mas o trânsito de Plutão está apenas começando.

O poder não costuma corromper da noite para o dia, ele avança passo a passo, sem que a pessoa muitas vezes se dê conta do que ocorre (lembre-se: a maioria das pessoas é inconsciente dos efeitos de Plutão). Entretanto, uma vez tendo fincado suas garras com firmeza no coração e na mente de alguém, é uma tarefa hercúlea erradicá-lo.

Aqueles que atingem a velhice acostumados a fazer valer sua vontade e sua visão limitada do mundo, não importa a que preço, tendem a se tornar ainda mais impiedosos. Sabendo que lhes resta pouco tempo, extrapolam nos desmandos, injustiças e arbitrariedades.

O desespero dos que tentam amealhar o máximo possível em pouco tempo é evidente. As conseqüências desastrosas de suas atitudes, também.

Estas pessoas servem como um modelo do que precisa ser saneado. Cabe a nós, ao invés de apenas apontar um dedo acusador e identificar o mal "lá fora", olhar para dentro e avaliar como anda nossa consciência. Até que ponto a situação externa reflete o que ocorre dentro de nós?

Como anda o nosso tirano interior, que quer se aproveitar de toda e qualquer oportunidade para enriquecer? Que desaprova e exclui os que não fazem parte de sua família? Que julga como inferiores os que não têm a mesma cor de pele, falam a mesma língua ou vivem no mesmo território? Ou, numa escala menor, que reina e escraviza dentro de seu próprio lar?

À medida que os escândalos se sucedem nos jornais, seria bom pensarmos que atraímos os líderes que vibram na mesma faixa que nós. Se queremos mudar nossa sociedade, além de votarmos com mais discernimento, temos que fazer um sério inventário moral. Porque enquanto o tirano viver dentro de nós, ele com certeza vai continuar se manifestando "lá fora".

Título: referência à canção Noite dos mascarados, de Chico Buarque.
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1 de jul. de 2009

Assim é muita ingratidão... - Plutão em Capricórnio


Capricórnio está relacionado, entre outras coisas, com a velhice.

Plutão, durante os próximos anos, deve trazer à tona o lado sombrio da situação dos velhos ao redor do mundo.

Vivemos numa sociedade que valoriza cada vez mais a juventude. A velhice é encarada como um mal a ser evitado a todo custo. A própria palavra "velhice" é considerada politicamente incorreta, devendo ser substituída por eufemismos que às vezes beiram o ridículo.

Plutão em trânsito por Capricórnio vai exigir que voltemos nossa atenção para a questão do envelhecimento, e os idosos atuais carregam a semente de Plutão em Câncer (ver O amor é o meu país).

Então, o que faremos? Continuaremos a abandonar nossos velhinhos numa instituição? Continuaremos a permitir que alguém que trabalhou honestamente toda sua vida para dar segurança aos seus entes queridos sinta que é um estorvo, uma inconveniência? Continuaremos a aceitar que alguém morra lentamente porque sua aposentadoria não é suficiente para adquirir alimento ou medicamento? Continuaremos a manter nosso olhos firmemente fechados, enquanto culpamos "o Governo"? Continuaremos nesta busca endoidecida pela juventude, jogando pela janela a sabedoria que a idade avançada pode transmitir?

O tempo está passando. Como você quer ser tratado quando envelhecer?

Nota: É importante ressaltar que existe uma minoria dentro da geração Plutão em Câncer que continua trabalhando ativa e corajosamente pela mudança dos nossos paradigmas mentais. Exemplos edificantes são o do Pai Fernando e o do médium Divaldo P. Franco.

Título: referência à canção Um pouco mais de consideração, de Vinícius de Moraes e Toquinho.
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28 de jun. de 2009

O amor é o meu país... - Plutão em Câncer


Quando Plutão transita por um signo, ele age em vários níveis.

Primeiro, ele imprime, nas crianças nascidas na época, o impulso para transmutar as questões relativas ao signo que está transitando. Este impulso acompanhará estas crianças durante toda a sua vida, e se manifestará com mais intensidade sempre que a posição natal de Plutão for ativada pelo trânsito de algum planeta. A maioria das pessoas reagirá cegamente à estas influências, agindo de modo coletivo e inconsciente. Uns poucos serão capazes de contatar estas energias de forma mais consciente, fazendo um esforço hercúleo para manifestá-las de forma positiva e efetiva.

Segundo, ele traz à tona, ao redor do mundo, a sombra do signo que está transitando. De maneira evidente e inequívoca, ele deixa claro o que necessita ser transmutado. Novamente, apenas algumas pessoas serão capazes de assimilar as lições que esta manifestação sombria traz. A grande maioria da humanidade continua muito ocupada projetando esta sombra no inimigo do momento.

Terceiro, ele expõe as raízes das questões a serem trabalhadas. Quando Plutão transita por um signo, temos a oportunidade de descobrir a verdadeira causa dos problemas que enfrentamos nesta área. Infelizmente, poucos de nós têm a coragem de encarar de frente estas verdades, e os bodes expiatórios são selecionados para carregar nossa carga.

A geração nascida com Plutão em Câncer trouxe consigo o impulso para transformar a noção de família, de pátria. Estes conceitos devem ser transmutados em algo mais valioso.

Há muito tempo a humanidade vem se debatendo com estas questões. Em nome de sua família, sua tribo, seu clã, seu território, sua pátria, o homem comete as maiores insânias.

Para assegurar a segurança financeira de seus descendentes, qualquer ato é justificado. Para garantir a continuidade de seu nome, tudo é válido. Nada é bom demais para estes poucos escolhidos que partilham seu sangue e sobrenome.

Em nome da honra, ele aprisiona, escraviza, fere, tortura e mata. Em nome da pátria, que é mãe, ele destrói lares e semeia a orfandade. Na defesa dos vínculos ilusórios da carne, ele viola e ataca sua família espiritual.

Agora, no momento em que esta geração se encontra fragilizada pela idade avançada, Plutão em trânsito pelo signo de Capricórnio vem cobrar resultados. O que foi feito da semente plantada em seus nascimentos?

Nosso conceito de família mudou, e muito, neste último século. Mas até que ponto esta mudança foi positiva? Até que ponto realmente enxergamos as raízes dos problemas? Fizemos um esforço concreto para superá-los, ou continuamos a encontrar alguém para carregar a culpa por nós?

Como sempre nos trânsitos dos planetas das mais lentos, a maioria das pessoas não se dá conta do que ocorre. A tendência é culpar as gerações mais novas, o sistema de governo ou outros países pela degeneração dos valores familiares. Uns poucos continuam tentando efetuar a transformação.

Nossos velhos são os portadores da semente da transmutação do conceito de família. Eles estão atravessando agora a oposição de Plutão. Não há muito que eles possam realizar, ativamente, neste ponto de suas vidas. Mas a semente continua ali. Enquanto esta geração viver, o potencial para a mudança existe.

Se queremos atingir este potencial, temos que mudar nossos conceitos. Somos da raça humana. Nosso lar é o planeta Terra. Nossa bandeira é a da paz. Nossa mãe é a natureza. Enquanto houver um ser humano sofrendo neste planeta, nossa família está em perigo.
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Geração Plutão em Câncer
Nascidos entre 10 de setembro de 1912 e 21 de outubro de 1912.
Nascidos entre 10 de julho de 1913 e 28 de dezembro de 1913.
Nascidos entre 27 de maio de 1914 e 06 de outubro de 1937.
Nascidos entre 27 de novembro de 1937 e 03 de agosto de 1938.
Nascidos entre 08 de fevereiro de 1939 e 13 de junho de 1939.

Título: referência à canção O amor é o meu país, de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza.
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7 de abr. de 2009

Não sei andar sozinho por essas ruas... - Plutão em Libra


A geração nascida com Plutão em Libra (ver Capricórnio, em busca de estrutura) está passando agora por sua quadratura de Plutão. A quadratura sinaliza um conflito entre diferentes abordagens.

Libra engloba questões de relacionamento em geral, principalmente casamento. Quando Plutão transitou por este signo, trouxe à tona a natureza sombria dos relacionamentos, das associações, dos casamentos. Os nascidos nesta época trazem uma programação interna voltada para a conscientização destas questões, e com a atual quadratura estão sentindo a pressão aumentar. O conflito ocorre entre trabalho e casamento, papel social e amor romântico, hierarquia e igualdade, autonomia e dependência. Novamente, há uma tendência a projetar o desconforto interno. Em muitos pontos, estas questões tendem a se entrelaçar com as de Plutão em Câncer, criando um panorama mais complexo.

Um aspecto da sociedade que tem sido discutido é a definição de casamento, e o direito da população homossexual ao casamento. Outro é o direito desta mesma população à adoção. Estes são assuntos muito potentes emocionalmente, porque englobam as questões de Câncer, Libra e Capricórnio ao mesmo tempo.

Outro assunto que tem chamado a minha atenção é a angústia que muitas pessoas da geração Plutão em Libra estão sentindo por não haver ainda encontrado o que chamam de "alma gêmea". Acredito que este conceito também será revisto em breve.

É importante relembrar alguns pontos:

A humanidade inteira está enfrentando os trânsitos que estamos discutindo desde o primeiro post. Alguns estão sentindo com mais intensidade um ou outro trânsito, mas todos estão se defrontando com as questões apresentadas.

A grande maioria das pessoas vive de maneira inconsciente.

Tudo o que não é encarado de forma consciente fica armazenado no inconsciente, e tende a se manifestar de forma primitiva e compulsiva.

Portanto, estas questões que Plutão está levantando nas gerações nascidas com Plutão em Câncer e com Plutão em Libra, na verdade pertencem a todos nós. Elas fazem parte do inconsciente coletivo, e de uma forma ou de outra serão abordadas durante este trânsito. A diferença é que as pessoas nascidas com estas posições estão sentindo a pressão do trânsito com mais intensidade, têm uma maior tendência à projeção, e um maior potencial para resolução. Mas o desafio pertence a todos. E então, quais são seus planos para os próximos 15 anos?


Título: referência à canção Cruzada, de Tavinho Moura e Márcio Borges.
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6 de abr. de 2009

Minha casa não é minha... - Plutão em Câncer


Plutão tem um ciclo extremamente longo. Sua viagem através do zodíaco dura aproximadamente 250 anos. Sua órbita ao redor do Sol é irregular, portanto ele se demora mais em alguns signos do que em outros. É isto que torna possível para algumas pessoas experimentarem a oposição de Plutão, como vem ocorrendo com aqueles que têm Plutão natal (no seu mapa de nascimento) em Câncer (ver Capricórnio, em busca de estrutura).

Já vimos que a oposição opera como um "cabo de guerra" entre os planetas, e que há uma tendência a projetar um dos lados desta oposição. No caso de Plutão, isto é preocupante, porque Plutão está relacionado com energias primárias, com o instinto de sobrevivência.

Toda a geração de Plutão em Câncer está sentindo uma imensa pressão interior, que objetiva a dilapidação do diamante interno, para que sua luz possa brilhar em todo o seu esplendor. Mas esta pressão é tremendamente desconfortável, e se levarmos em conta a duração deste trânsito, podemos prever alguns problemas à frente.

A maioria das pessoas ainda se encontra muito mergulhada na energia coletiva para ter uma compreensão mais efetiva de sua individualidade, uma noção maior de sua participação no todo. Portanto, quando confrontada com o desconforto, a tendência é buscar uma justificativa "lá fora", alguém para levar a culpa pela situação. Este mecanismo nos faz lembrar de situações ao longo da história, em que uma determinada raça, classe social, nacionalidade, religião, etc, foi escolhida para "purgar" os pecados do coletivo. O raciocínio por trás destas atitudes era simples: uma vez identificado o "culpado", sua eliminação traria um futuro melhor para todos. A geração de Plutão em Câncer corre o risco de repetir estes padrões.

Plutão tende a trazer à tona a sombra do signo que está transitando. Quando Plutão atravessou o signo de Câncer, despertou o lado sombrio das questões relativas à figura materna, família, lar, raízes, passado. O desequilíbrio existente nestes conceitos foi trazido à luz para ser transmutado. Uma extensão do conceito de "lar" é o patriotismo, o nacionalismo. E este trânsito acompanhou o desenrolar da Primeira Guerra Mundial e o início da Segunda.

Os nascidos com Plutão em Câncer trazem consigo uma programação interior para trabalhar com estas questões. E Plutão em Capricórnio está ativando a polaridade oposta: figura paterna, sociedade, trabalho, hierarquia. Portanto, estas pessoas estão se sentindo pressionadas a trabalhar com a dicotomia trabalho - família, sociedade - vida privada, pai - mãe.

As mudanças trazidas pelas guerras mundiais afetaram profundamente a estrutura familiar como era concebida até então. As mulheres entraram no mercado de trabalho e o núcleo familiar diminuiu consideravelmente. Hoje, estamos sendo confrontados com o fato de que grande parte das famílias é chefiada por uma mulher, sem apoio de uma figura paterna e, na maioria das vezes, sem suporte efetivo da estrutura social. Há uma grande lacuna, no inconsciente coletivo, em relação à figura paterna. Este desequilíbrio está sendo trazido à tona para revisão, e a geração com Plutão em Câncer está sendo profundamente afetada.

A humanidade, como um todo, está sentindo a pressão para reavaliar suas noções de figura paterna, trabalho e sociedade. E, num mundo em que grande parte das pessoas concebe uma imagem de Deus Pai, esta reavaliação promete ser interessante.


Título: referência à canção Travessia, de Milton Nascimento e Fernando Brandt.
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