4 de mai. de 2009

Iguais em tudo na vida, morremos de morte igual...


O mapa natal é feito com base no instante do nascimento. Conseqüentemente, um mapa natal pode ser levantado para tudo aquilo que nasce (ou tem um início), seja uma pessoa, um animal, uma empresa, um país, uma cidade, etc.

Toda a humanidade vem sendo afetada pelos trânsitos que temos discutido. Não existe uma só pessoa neste planeta imune a estas influências. Neste sentido, estamos todos no mesmo barco.

Entretanto, cada país tem seu mapa natal e está sendo afetado (e reagindo) de maneiras diferentes. Alguns países, por exemplo, têm vivenciado Plutão em Capricórnio através de terremotos. Outros, através de crises econômicas. Outros ainda, através da violência política. As opções de manifestação destas energias são tantas quantas são as variedades sócio-culturais. E dentro de cada país, cada cidade apresenta a sua própria maneira de focalizar estas energias.

Cada um de nós nasceu num ponto do espaço e do tempo condizente com nossas necessidades de aprendizado. Portanto, a maneira como cada um experiencia as energias dos trânsitos através de seu mapa natal está entrelaçada com a maneira como sua cidade e país vivenciam estas mesmas energias. Estamos todos experimentando Plutão através de Capricórnio, mas certamente os fatos com que um italiano vem lidando diferem daqueles que um chinês vem enfrentando, que por sua vez diferem daqueles do americano.

A experiência subjacente é a mesma, o colapso das estruturas já corrompidas da sociedade, para que possa haver um renascimento em termos mais saudáveis. Mas a forma concreta como esta experiência se manifesta depende do conjunto onde está inserida.

Dentro das limitações geográficas em que vivemos, cada um tem o livre arbítrio para decidir como expressar estes impulsos. Numa mesma situação de calamidade pública, como os terremotos na Itália, por exemplo, há aqueles que se dispõem a ajudar nos socorros, e aqueles que procuram saquear os escombros.

A dicotomia entre luz e sombra tende a se tornar cada vez mais pronunciada, até que finalmente possamos efetuar uma síntese. E cada um de nós, à sua própria maneira, vem sendo chamado à reforma interior.

E o seu processo de demolição, como vai?


Título: referência ao livro Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto.
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3 comentários:

Carol disse...

Em dezembro, sentada na minha cadeira, eu sentia que as coisas estavam mudando, sentia uma grande mudança. Dia após dia eu sentia essa mudança, mas nada acontecia.
Em janeiro nada mudou, em fevereiro nada mudou, e em março nada mudou.
Em abril sentei na cadeira de volta, e foi aí que eu percebi que ao levantar da cadeira, todas as mudanças que eu sentia em dezembro estavam começando. Não que as coisas tenham sido fáceis, mas as mudanças que em dezembro eu achava que iriam acontecer em um piscar de olhos, em um piscar de olhos eu vi em abril.
Particularmente, mudanças são muito duras, mas hoje tenho esperança. Tento encarar cada fato, de bom ou de ruim, como aprendizado; se eu estiver errada, que esse erro seja meu. Porque só concertando os meus erros é que eu vou aprender alguma coisa.
Acho difícil, acho duro, e o que mais quero aprender é encarar de uma forma natural esses processos de demolição.

Carol disse...

Ai! é consertando!

Mara disse...

Carol, realmente alguns de nós têm já há algum tempo esta sensação de mudança iminente. E isso gera angústia, porque nós fomos programados para preservar o status quo. Precisamos chegar a um acordo interior, pois se percebemos que a atual situação é intolerável, não faz sentido lutar contra a mudança... É preciso coragem para olhar as coisas por um outro ângulo, alterando aos poucos a nossa abordagem. Por exemplo, não recriminar o erro, mas acolhê-lo. Porque se você percebe que errou, isto é um sinal de que está aprendendo, de que sua consciência já está se expandindo, pois do contrário, você não perceberia nada errado... É impossível aprender alguma coisa sem cometer erros, assim como é impossível aprender se nos deixarmos bloquear pelo medo de errar! Um bebê cai muitas vezes antes de aprender a andar...